Para aqueles que não estão actualizados nas tendências sociais deste novo milénio eu passo a explicar o que é este fenómeno. Feng Shui 風水 ou 風水 (Pinyin: fēngshuǐ) é um termo de origem chinesa, cuja tradução literal é vento e água. Segundo esta corrente de pensamento, estabelecendo uma relação yin/yang, os ideogramas Feng e Shui representariam o conhecimento das forças necessárias para conservar as influências positivas que supostamente estariam presentes em um espaço e redirecionar as negativas de modo a beneficiar seus usuários. Em suma, os sensíveis senhores da reconstrução de casa espalham pelo espaço os vários elementos: vento, água, terra, fogo (entre outras) chamando as energias positivas e fechando a porta às más.
O conceito em si faz todo o sentido. De facto, se a água estiver ao pé do vento é mais provável acabar molhado. Quanto aos resultados práticos podemos observar, vez após vez, que os prendados senhores pegam num quarto sem cor e conseguem transformá-lo numa carrinha do Chapitô onde nenhuma alma penada quer entrar.
Numa sociedade próspera, do conhecimento, não temos alternativa se não confiar em conceitos bem concretos e científicos como o Feng Shui. Ou a astrologia. Ou o exorcismo. Ou bruxas. Uma tia minha é perita em todos eles estando a frequentar actualmente um curso de Feng Shui. Eu não frequentei nenhum curso disso mas já tomei medidas:
- Pus uma vela num lado do quarto.
- Um copo de água no outro.
- No meio um bonsai.
- Apontei a ventoinha para a janela.
Já me sinto invadido por energias positivas. Amanhã vou adoptar duas crianças romenas, dar um rim a um pedinte e tornar-me budista.
Concluindo, para mim, o maior problema do Feng Shui é mesmo haver quem acredite nele.

Um Feng Shui equilibrado.